domingo, 30 de janeiro de 2011

Conhecendo a Paróquia Cristo Para Todos

 A Paróquia Cristo Para Todos é formada por duas congregações: “Cristo Para Todos” do bairro Jardim Guarujá de Cascavel. Esta congregação possui 35 membros. Os cultos são realizados anexo à casa alugada para o pastor Rafael. Recentemente contou com o apoio do FAPI para a compra de 30 cadeiras para melhor acomodação. A congregação “Cristo Rei” de Santa Tereza do Oeste possui 77 membros. Realiza seus cultos no Salão Comunitário Malucelli e está construindo um templo em forma de mutirão. Recentemente o distrito Cataratas, o qual pertence a paróquia, aprovou a doação de $ 6.000,00 para apoiar a conclusão do Templo, além de assumir integralmente o seguro do automóvel GM Classic, utilizado para o trabalho. 
Gostaríamos de neste espaço dizer quão importante e até mesmo fundamental é o apoio de distritos para a manutenção deste trabalho. Além do distrito Cataratas e as congregações a ele pertencentes ofertarem 1% de sua receita, também temos as ofertas dos distritos Sete Quedas, Lago Itaipu, e Vale do Iguaçu. Além do mais, muitas ofertas vindas das ligas de Servas, Leigos, e ofertas voluntárias anônimas vem somar e apoiar. Com ofertas voluntárias, temos a aquisição de materiais evangelísticos como Cinco Minutos com Jesus e demais livretos. A Sociedade Bíblica do Brasil também é parceira e nos doaram materiais para serem repassados aos Assistentes Espirituais Voluntários a fim de distribuírem a funcionários e enfermos.
É a soma de diversas forças que fazem esse trabalho algo tão bonito e expõe o nome da Igreja Luterana como referência deste trabalho, mas que está a serviço do Reino de Deus, pois a diversidade cultural, socioeconômica e religiosa que envolve o trabalho hospitalar nos faz transpor barreiras meramente organizacionais e nos fazem olhar para a cruz de Jesus o referencial teológico e missiológico fundamental para conduzirem pessoas das mais diversas realidades ao Reino de Deus.
A longo prazo, precisamos de mais um pastor e redirecionarmos o trabalho de forma que a Capelania tenha seu Capelão de forma integral e um pastor exclusivamente para as congregações. Para tanto, buscamos planejamento, orientação e ampliação da visão de possibilidades que diante de nós estão. Dos nove hospitais da cidade, dois recebem um trabalho mais mais direcionado: Hospital Universitário e Hospital do Câncer UOPECCAN.
Para os que desejam ofertar a este trabalho, podem fazer através de depósitos para Banco do Brasil Ag. 3508-4 cc 26.942-5. Aos que desejam identificar-se ou direcionar sua oferta para um objetivo específico (livros, parcelas do carro etc) podem enviar e-mail para capelania@brturbo.com.br ou ligar para 45-3037-1173 ou 45 99822671. Desde já, nossa gratidão.
Culto na congregação Cristo Para Todos

Aquisição de cadeiras: Secretário Guerson Krebs

Natal 2010 em Santa Tereza do Oeste

Funcionários recebem materiais evangelísticos

Materiais evangelísticos da Sociedade Bíblica do Brasil distribuidos aos Assistentes Espirituais Voluntários

Joanita Krebs, congregada e Enfermeira da Pediatria no Hospital Universitário

Recebimento de material: parte deste foi adquirido por ofertas anônimas e ligas de Servas e Leigos

Construção do Templo em Santa Tereza do Oeste - fase inicial

Automóvel utilizado para o trabalho

Nossa gratidão ao  Pastor Mário Lehenbauer - Área de Projetos da IELB

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cura e Cuidado

          "Cura-me Senhor, e serei curado..." Jeremias 17.14.
          Conta-se uma historinha de que, certa vez, Jesus desceu à terra, meio disfarçado e foi conhecer a realidade do SUS. Entrou na fila. Sentiu na pele o problema e não pensou duas vezes: “vou usar um jaleco, e atender esse pessoal porque estão sofrendo demais.” E assim o fez. A fila era enorme e Jesus precisava ser rápido. Entrou o primeiro da fila, um senhor de muletas, com a perna enfaixada, mal e mal conseguindo caminhar. Jesus estendeu a mão na cabeça dele e disse: “O senhor está curado. Pegue sua muleta e ande.” 2 minutos depois, ele sai da sala com a faixa dobrada em uma das mãos e na outra a muleta. Antes de entrar no consultório, o segundo da fila perguntou, meio desconfiado: “e ai, como é o novo doutor?”
O senhor curado responde: “igualzinho aos outros: mal deixou eu falar o que eu tinha, nem me examinou nem mesmo olha pra cara da gente!”.
           
            Curar: ato ou processo?
            Curar é muito mais que eliminar uma doença, mas também é cuidar de quem está doente!

            O verbo curar nos faz lembrar de um ato ou um processo de intervenção “mecânica” do médico na “peça” do corpo danificado, como por exemplo: hemodiálise, ponte de safena etc.       
A ciência e a tecnologia procuram, através de pesquisas com terapia com células-tronco, por exemplo, cura para diversas doenças como cegueira, problemas cardíacos, etc

A ciência pode trazer uma cura para uma doença. A tecnologia pode “montar” um bebê, escolhendo a cor dos olhos, o sexo, etc. Para a ciência, a cura vem dos resultados das pesquisas de laboratórios e experiências. Para a tecnologia, a cura pode significar um produto a ser comercializado.

            Mas na fila do SUS a ciência e tecnologia não entram. O que vale é tempo e dinheiro. Quanto mais pacientes em menos tempo, melhor.

           
Para muitas igrejas, curar, significa Deus intervir através da poderosa oração de um pastor, que coloca a mão sobre a cabeça, invoca o nome de Jesus e ordena que aquela doença seja curada ou que Satanás saia daquele corpo e leve a doença consigo. Se curou, o pastor é poderoso, e Deus é fiel. Se não curou, faltou fé do “paciente” daquela igreja restando a dúvida: Deus é fiel? Deus não quer me curar?

            Tanto para a medicina moderna, como para as igrejas neopentecostais, curar é o resultado de uma ação humana. Não precisa “nem olhar pra cara do sujeito, nem deixar ele falar direito nem examinar a fundo”. É como diz aquela sábia propaganda: Calmador, só não cura dor de amor!
           
            Por traz de uma doença, que precisa de um “calmadorhá um doente, que antes de mais nada precisa ser cuidado nas suas dores de amor, da alma, das angústias, dos remorsos e nas dores que ferem sua dignidade humana. Por traz de uma enfermidade, há um enfermo que precisa ser cuidado nessas angústias.

            Tomar um “Calmador” pode curar a dor, mas a dor de amor precisa ser cuidada. O ato de tomar um comprimido pode acabar com a insônia. Mas também é preciso cuidar da causa da insônia.
           
Internar alguém que fracassou no suicídio não é a única maneira de curar, mas também é preciso cuidar desta pessoa nas suas frustrações e decepções, redirecionar suas mágoas com o perdão e fazer parte da mudança de sua vida. Isso chama-se cuidado.

            Não basta curar o vício do tabagismo ou alcolismo, é preciso cuidar do fumante e do alcoólatra nas suas ansiedades. Deixar de fumar ou beber pode ser uma cura forçada pela moral ou exigência dos outros. Mas também pode ser resultado da ética do cuidado e da compreensão dos que estão ao redor.
                                     
            Creio que uma terapia realmente eficaz na cura de uma doença só é possível se for acompanhada pelo cuidado ao enfermo. É dar o “calmador”, ou seja, o remédio, o comprimido etc, mas cuidar da dor dos relacionamentos rompidos, da falta de perdão.            Por isso diz Jeremias 17.14: “cura-me Senhor e serei curado...” Jeremias está dizendo: cura a dor dos meus sentimentos de arrependimento, desespero, desesperança, desamor e egoísmo. Esse cuidado só é possível pelo Evangelho acolhedor. Só o evangelho cura porque cuida da dor do pecado, da ofensa, da mágoa, do remorso e do desespero. Sim: Jesus faz de tudo para cuidar da nossa dor!
           
Jesus resolveu cuidar de nossa dor, assumindo nossas dores. Jesus resolveu cuidar da morte, assumindo a morte! E eu posso afirmar com certeza: que o amor de Jesus só tem sentido na dor. Deus só se revela realmente como Ele é na dor. Que decepção e escândalo para os que esperam um Jesus que nos transforma em “super-heróis”.

E Jesus, para se revelar a nós, usa caminhos “contrários”, na contra mão. Enquanto o ser humano quer que Deus o transforme em “super-herói”, a Bíblia nos mostra que somente quem conheceu Deus, na contrariedade do que os homens pensam, é que o conheceu realmente. Paulo nos explica em várias passagens bíblicas que foi na fraqueza que ele conheceu a força de Deus; foi na escassez que ele conheceu a providência de Deus, foi no espinho na carne que ele aprendeu a humildade. Mas porque Deus se revela de forma contrária a nós?

            O Padre Dr. Leo Pessini diz que a sociedade de hoje quer calar a pergunta sobre o significado da dor para nossas vidas. As pessoas querem apenas o comprimido, mas não querem mais cuidar da dor.
           
            As pessoas esperam que a ciência e a tecnologia revolucione a indústria farmacêutica e produza muito “calmador”, que apenas cure a dor, mas que se esqueça da dor do amor, afinal, não temos tempo para ouvir, acolher, nem chorar, nem abraçar a quem sofre!!!

Não é a intenção do Padre Leo dizer que o sofrimento nos torna mais merecedores da salvação que é de graça pela fé, mas nos deixa mais empáticos com a dor humana, assim como essa menina quis ser empática, ou seja, sentir como seu irmão sente!

A razão organiza nosso sistema de vida, mas não consegue dar sentido para a vida. A razão pode inclusive racionalizar, explicar os passos da fé, mas não nos faz viver a fé. Vamos esquecer que somos divididos em “corpo” e “alma”, que somos “materiais” e “espirituais” e vamos pensar que somos um SER criado à imagem e semelhança de Deus. E quando essa imagem ameaçada pela enfermidade, pecado e culpa, surge a necessidade do acolhimento do ser com o evangelho.

Vou dar mais um exemplo: a razão diz pra qualquer ser humano que “fumar faz mal” a saúde. Mas o fumar não é produto da razão, mas na busca do equilíbrio do SER: pode ser por pertencer a um grupo, ou de abafar alguma revolta, ou da falta de coragem de mudar as coisas que precisam ser mudadas, ou da decepção de sentir um fracassado, ou na sensação de se sentir insignificante.

Enquanto houver essas sensações que desestabilizam a emoção, pode colocar a foto que for na embalagem: não haverá mudança de hábito.

O suicida cristão racionalizou que “quem se mata vai por inferno”, mas seu ser não cuidado é que o fez tomar tal atitude, não porque queria morrer, mas porque não encontrou alguém que cuidasse de seu SER: Excesso de culpa? Excesso de “Deus vai te castigar”? cuidar de um suicida em potencial é muito mais do que dizer: “a corda vai obstruir sua passagem de ar”, ou, “a bala irá se alojar em sua cabeça e vc terá uma hemorragia”. Isso ele sabe; ele quer que alguém cuide de seu ser! E quer viver como alguém aceito pelo que ele É e não pelo que produz ou aparenta ser!

“O sofrimento só é intolerável quando ninguém cuida”. Assim, a dor para alguns pode ser curada com um “calmador”, mas o sofrimento do SER só é cuidado com acolhimento, perdão e empatia! Diz Pessini, que o “não-sentido” é que faz aumentar a dor!

            Não estou fazendo aqui um discurso de exclusão: ou a fé ou remédio, ou igreja ou consultório, ou sofrimento ou “Calmador”, estou fazendo um exercício de reflexão para uma sociedade que aprendeu com a tecnologia e ciência, que quer curar apenas com o “Calmador”, mas calar a voz de Deus que quer cuidar da dor do ser humano.

            Eu acredito que o trabalho da Capelania Hospitalar seja muito mais do que levar o nome da Igreja Luterana para dentro do Hospital. É muito mais do que estatísticas ou cadastros. É muito mais do que facilitar a vida do pastor que está em uma cidade longe de seu congregado enfermo. Isso seria muito pouco! Eu, particularmente, pastor Rafael, não me conformaria com essa função.

Capelania Hospitalar é a mensagem da Igreja Cristã, do acolhimento incondicional do SER!  É cuidar da dor do amor das pessoas, ou seja, ouvindo e acolhendo ao enfermo que chora, ora, agradece, chinga Deus, se revolta, que barganha etc.! É lembrar aos filhos de Deus da Aliança do Batismo.

            Capelania é mostrar que Jesus não é mais um médico igual os outros, que não olha, não examina e nem deixa falar. Lutero diz que Cristo se manifesta na face de quem sofre e Cristo se manifesta ao que sofre com o cuidar de seu SER. E o evangelho mostra um Jesus que olha para nós, que nos examina e nos deixa falar sim. Nos deixa perguntar “onde estava Deus numa hora dessas”. Curar é cuidar. E cuidar é ouvir: ouvir os mais profundos medos, lamentos e agonias. E mesmo sem saber o que dizer ao que questiona, sofre e se revolta, cuidar ainda sim é ouvir, porque cuidar é suportar o vazio em silêncio! (Dr. Alexandre Munich) Desta forma podemos orar com Jeremias: "cuida-me Senhor, e serei curado.

Rev. Rafael Wilske, mensagem elaborada em outubro de 2010.
            

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CAPELANIA HOSPITALAR




A Capelania Hospitalar da cidade de Cascavel-PR é um trabalho administrado pela paróquia Cristo Para Todos que conta com ofertas extras, como distritos da região, ofertas voluntárias e congregações. Esta paróquia é formada pela congregação "Cristo Para Todos" do bairro Jardim Guarujá de Cascavel e pela congregação "Cristo Rei" de Santa Tereza do Oeste, localizada a 15km de Cascavel. O Capelão Hospitalar, Rev. Rafael Wilske é responsável pela paróquia, e a Capelania Hospitalar consiste em realizar visitas a luteranos vindos de várias regiões do país, além das cidades próximas à Cascavel. Além disso, é realizada visitas de quarto em quarto dentro dos hospitais. No entanto, o foco principal do trabalho é a coordenação dos Assistentes Espirituais Hospitalares do Hospital Universitário do Oeste Paranaense e o UOPECCAN - Hospital do Cancêr de Cascavel. Essa coordenação consiste em cadastro e treinamento teológico e institucional. Esses visitadores somam mais de 150 voluntários, vindos de mais de 25 denominações cristãs da cidade. Outro enfoque são os cultos ecumênicos dentro do Hospital Universitário, possibilitando à enfermos, acompanhantes, Assistentes Espirituais, funcionários e visitantes participarem do louvor, ouvirem uma mensagem de ânimo e encorajamento e colocarem diante de Deus em oração as pessoas enfermas. A média de participação de cultos chegam de 15 a 25 pessoas. A Capelania Hospitalar de Cascavel busca levar consolo e cura aos que sofrem, lembrando que curar não significa apenas eliminar uma doença, mas cuidar de quem está enfermo, de acordo com a vontade do Salvador Jesus, que se manifesta na face dos que sofrem. 
Para entrar em contato conosco, os telefones são: (45) 3037-1173 e (45) 9982-2671 ou pelos e-mails prwilske@gmail.com e capelania@brturbo.com.br.
Você pode acompanhar a seguir, alguns eventos que marcaram o trabalho da Capelania Hospitalar:


 Primeiro culto no Hospital Universitário, realizado dia 28 de setembro
 Primeira palestra para aos Assistentes Espirituais do Hospital Universitário, ocorrida dia 15 de maio de 2010 com o tema “Princípios Bíblicos para Consolação a Enfermos”
Segunda palestra aos Assistentes Espirituais do Hospital Universitário ocorrida dia 07 de agosto de 2010 com o tema "Ouvir Terapêutico: Exemplos em Jó" e distribuição de materiais evangelísticos da SBB e Cinco Minutos com Jesus, provenientes de ofertas voluntárias.








Palestra aos Assistentes Espirituais do UOPECCAN realizada dia 05 de dezembro de 2010 - grupo da Igreja Católica
Palestra sobre Cura e Cuidado realizada dia 28/11/10 juntamente com a Enfermeira Ms. Márcia Maciak
 
Palestra aos Assistentes Espiritruais do UOPECCAN realizada dia 01 de setembro de 2010

Distribuição de Cinco Minutos com Jesus aos funcionários do UOPECCAN